Em 31 de outubro de 1517 iniciou com Lutero, segundo historiadores, a Reforma Protestante que elegeu 95 teses sobre os abusos, erros e pecados da igreja romana e 4 pilares fundamentais da fé Cristã; a saber: Cristo, a Escritura, a Graça e a Fé.
Tal evento sem dúvida teve grande relevância histórica e espiritual para a Igreja Cristã, no entanto, a Reforma Protestante não conseguiu romper com o vício grego das sistematizações doutrinárias, as quais militam contra o espírito livre e libertador do evangelho.
Como herança dessa Reforma, ainda tentamos sistematizar àquele que não é sistematizável, sobretudo em nossas escatologias e teologias sistemáticas.
Contudo, diante de Deus percebe-se que todo esforço humano nesse sentido sofre com a reconhecida insuficiência de nossos conceitos e expressões humanas. Nota-se que não há palavras suficientes para defini-lo ou explicá-lo, pois diante do mistério da comunhão trinitária não existem respostas que satisfaçam todas as suas condições de existência e muitas vezes nos pegamos dizendo tal como diz o músico e poeta Renato Russo: “Quem me dera, ao menos uma vez, entender como um só Deus, ao mesmo tempo é três.”
Quero ressaltar que de modo algum estou fazendo apologia contra a Teologia enquanto Ciência, nem tão pouco defendendo a existência de um cristianismo de mente vazia, pois como teólogo, eu bem sei que crer é também pensar, tal como diz John Stott.
Entretanto, no fim de tudo chega um momento que diante de Deus é preferível agir tal como Jó, que depois de todo esforço e argumentações, preferiu ficar calado.
Depois de todo esforço devemos nos calar, pois não sabemos onde estávamos quando Ele lançou os alicerces da Terra, marcou seus limites, suas dimensões e fez tudo que nela há.
Depois de todo esforço devemos nos calar, pois os pensamentos Dele são mais altos que os nossos (Isaías 55.9) e o nosso senso de justiça para Ele são como trapos imundos (Isaías 64.6).
Depois de todo esforço devemos nos calar, pois tem o oleiro poder sobre a massa para dela fazer vasos de honra e de desonra, e de ter misericórdia e compaixão de quem Ele quiser (Romanos 9).
Devemos nos calar, pois nunca foi da vontade de Deus que tivéssemos ciência do bem e do mal, sendo que o pouco que temos, tal ciência só serve para obscurecer nossa visão da graça.
Mas nos calamos somente no fim do esforço para falar adequadamente da realidade divina na qual nenhuma palavra é adequada.
Nós nos calamos no fim e não no começo, pois só no fim o silêncio é digno e santo. No começo ele é omisso e preguiçoso, mas no fim as palavras mais escondem do que revelam. Somente o silêncio no fim é capaz de fazer a verdadeira reforma no coração humano, incendiar a nossa alma e dobrar os joelhos em adoração e rendição a Deus.
Como herança dessa Reforma, ainda tentamos sistematizar àquele que não é sistematizável, sobretudo em nossas escatologias e teologias sistemáticas.
Contudo, diante de Deus percebe-se que todo esforço humano nesse sentido sofre com a reconhecida insuficiência de nossos conceitos e expressões humanas. Nota-se que não há palavras suficientes para defini-lo ou explicá-lo, pois diante do mistério da comunhão trinitária não existem respostas que satisfaçam todas as suas condições de existência e muitas vezes nos pegamos dizendo tal como diz o músico e poeta Renato Russo: “Quem me dera, ao menos uma vez, entender como um só Deus, ao mesmo tempo é três.”
Quero ressaltar que de modo algum estou fazendo apologia contra a Teologia enquanto Ciência, nem tão pouco defendendo a existência de um cristianismo de mente vazia, pois como teólogo, eu bem sei que crer é também pensar, tal como diz John Stott.
Entretanto, no fim de tudo chega um momento que diante de Deus é preferível agir tal como Jó, que depois de todo esforço e argumentações, preferiu ficar calado.
Depois de todo esforço devemos nos calar, pois não sabemos onde estávamos quando Ele lançou os alicerces da Terra, marcou seus limites, suas dimensões e fez tudo que nela há.
Depois de todo esforço devemos nos calar, pois os pensamentos Dele são mais altos que os nossos (Isaías 55.9) e o nosso senso de justiça para Ele são como trapos imundos (Isaías 64.6).
Depois de todo esforço devemos nos calar, pois tem o oleiro poder sobre a massa para dela fazer vasos de honra e de desonra, e de ter misericórdia e compaixão de quem Ele quiser (Romanos 9).
Devemos nos calar, pois nunca foi da vontade de Deus que tivéssemos ciência do bem e do mal, sendo que o pouco que temos, tal ciência só serve para obscurecer nossa visão da graça.
Mas nos calamos somente no fim do esforço para falar adequadamente da realidade divina na qual nenhuma palavra é adequada.
Nós nos calamos no fim e não no começo, pois só no fim o silêncio é digno e santo. No começo ele é omisso e preguiçoso, mas no fim as palavras mais escondem do que revelam. Somente o silêncio no fim é capaz de fazer a verdadeira reforma no coração humano, incendiar a nossa alma e dobrar os joelhos em adoração e rendição a Deus.
Fonte: Mariel M. Marra no Portal Lagoinha.com
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