“[...] Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (Jo 8.32-36.)

O texto de João 8.32-36 é um dos mais poderosos da Bíblia. Ele deveria nortear nossa caminhada cristã e nos levar a uma busca incansável daquilo que queremos ver estabelecido em nossas vidas da parte de Deus. Mas o que esta passagem tem a ver com libertação financeira?

Quando a Bíblia diz, “[...] e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, este conhecimento não significa apenas “saber a respeito de”, mas refere-se a ter experiências com a libertação que a Palavra está declarando. Você precisa entender o que Deus quer para você. Ele não deseja que você tenha conhecimento da verdade, simplesmente. Deus usou homens naturais e os levou a ter experiências que eu e você, mesmo vivendo numa época diferente, dentro de realidades e situações distintas, podemos tê-las também. Tais homens foram usados para testemunho, mas a verdade veio de Deus, e suas experiências foram marcadas, sobretudo, pelo poder divino que os livrou, guardou, levantou e os ajudou a ir mais longe.

De que adianta conhecer uma verdade revelada pelo Senhor e não ter uma experiência com ela? Será que de fato a verdade já o libertou? Você o saberá se estiver tendo experiências com essa verdade.

Que princípios devemos seguir para experimentar a prosperidade de Deus?

1º Princípio O primeiro princípio é dar esperando receber. Saber que aquilo que eu dei não me foi tomado à força e não me fará falta, mas ter com Ele uma aliança de expectativa (Lucas 6.38). Deus é um doador, e até quando entregou seu Filho tinha a expectativa de recebê-lo de volta (João 3.16). A devolução reside no conceito de que eu só recebo a vida eterna se eu me voltar para Deus. Quando você aceitou a Jesus como Senhor e Salvador, Deus recebeu o resultado da semeadura que Ele mesmo fez ao entregar Seu único filho. “[...] aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” (Gálatas 6.7.)

2º Princípio O segundo princípio é: semeie sobre a promessa. Se ao vir alguém necessitado, você usa o dinheiro do dízimo para fazer uma compra de supermercado para essa pessoa, não adiante mais tarde reclamar a colheita desta semeadura porque ela não tem promessa na Bíblia. Você não deve ter mais apreço em semear sobre aquilo que, na Bíblia, não está vinculado à promessa alguma. (Leia 2Co 9.6.)

3º Princípio Entre a fé e a necessidade, fique com a fé. Este terceiro princípio é exemplificado no capítulo 8 de 2 Coríntios, quando Paulo fala sobre a abundante generosidade dos macedônios, mesmo vivenciando um momento de pobreza. Eles poderiam ter escolhido ficar com a necessidade, mas o texto mostra que eles decidiram ir na contramão do que seria considerado uma atitude normal e agiram por fé. Quando estamos com poucos recursos, a primeira a sofrer é a Casa de Deus. Ele assumiu um compromisso de nos abençoar, mas também temos os nossos compromissos – com a Palavra e a Casa de Deus. Mas vamos observar agora o que dizem os versos 3, 11 e 12: “Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostram voluntários. Completai, agora, a obra começada, para que, assim como revelastes prontidão no querer, assim a leveis a termo, segundo as vossas posses. Porque, se há boa vontade, será aceita conforme o que o homem tem e não segundo o que ele não tem.” (Ênfase do autor.) Primeiro Paulo dá aos coríntios seu depoimento pessoal acerca da atitude voluntária dos macedônios. De acordo com o relato do apóstolo, eles deram o que podiam e ainda além, mas deixou claro que isso foi um gesto espontâneo. Mais adiante, Paulo faz uma recomendação: ofertar conforme as posses. Isso derruba a ideia de que Deus deseja que façamos sacrifícios financeiros absurdos. Dar além das próprias posses é algo de foro íntimo e deve ser fruto de uma decisão voluntária.

4º Princípio Em quarto lugar, considere doar seus recursos um privilégio (V. 4). Sabe por que os macedônios escolheram a fé no meio da necessidade? Porque consideravam dizimar e ofertar na igreja algo de muito valor. Quando não conseguimos entender isso, perdemos uma grande oportunidade de sermos abençoados.
5º Princípio O quinto princípio está explicitado em Lucas 16.10-11: exercite a fidelidade em suas contribuições. Certa vez Josué disse: “Há muita terra ainda para ser conquistada”. É possível que você esteja achando que o que está colhendo hoje é tudo o que Deus tem para lhe dar, mas isso não é verdade. Você já colheu alguns grãos, no entanto, o que lhe espera é o celeiro todo. Você está na escola da prosperidade e ainda não expressa plena confiança em Deus; já “tropeçou” em cinco quilos de açúcar e, por hora, não está pronto para receber o celeiro. Será que Deus pode confiar em você as riquezas? Naquilo que você possui hoje há fidelidade?

6º Princípio Glorifique a Deus com sua semente de fé é o sexto princípio (2 Coríntios 9.8-12). Eu glorifico a Deus dançando, cantando, aplaudindo, mas também contribuindo. Dízimos e ofertas são sementes que glorificam a Deus. O que acontece em sua vida quando você espalha sementes? A resposta está em Provérbios 11.24-25. Faça uma análise da qualidade da semente que você está trazendo e, se de fato estiver glorificando a Deus com ela, tome posse das quatro coisas que vou profetizar para você: 1) Tudo o que sonhar, estando dentro da vontade de Deus para a sua vida, pode descansar que virá para a sua mão; 2) A sua bênção financeira ficará como um memorial para a sua família, sua esposa e seus filhos, e todos eles vão receber desta bênção; 3) Você será reconhecido como uma pessoa a quem Deus abençoa; 4) Deus vai fazer com que você alcance sucesso em qualquer área (2Co 9.8).

7º Princípio Por último, semeie sobre aquilo que você quer que se manifeste em sua vida (Deuteronômio 14.26). Quando Jesus entrou na casa de Zaqueu, pregou o Evangelho ali, mas não falou de dinheiro. Diz no texto, porém, que Zaqueu repentinamente falou: “Se de alguém tenho roubado alguma coisa, vou restituir quatro vezes mais”. Jesus então respondeu que naquele dia a salvação viera àquela casa. Toda vez que você quiser mostrar que reconhece o que Deus faz em seu favor, deve usar a semente da restituição. Zaqueu fez uso da semente da restituição como prova de sua conversão.

DESAFIO DE FÉ: Debaixo deste entendimento e daquilo que o Espírito Santo revelou ao seu coração, a partir de agora deseje ofertar a Deus com o seu melhor através dos dízimos e ofertas.

::Pr. Marcus Gregório Fonte: Jornal Atos Hoje


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